Felizmente há luar!
de Luís de Sttau Monteiro
nos dias 25, 26 e 27 de Outubro de 2012, pelas 22 horas, no Auditório
Carlos Paredes - ENTRADA LIVRE
com: Magda Silva, Maria Beatriz Abreu Afonso,
Maria Francisca Abreu Afonso, Martinha Ribeiro, Nuno Barata Moura, Rita Pires e
Tânia Barbosa.
Versão cénica e encenação: Mário Jorge
Produção: Teatro Papa-Léguas
O Projecto TEATROLA:
“O que ouço,
esqueço… o que vejo, lembro… o que faço, aprendo.” Embora possa ser uma citação
frequente de Confúcio, aplica-se a esta iniciativa.
Esta é uma
intervenção artística baseada no “aprender fazendo”, destinada a sensibilizar
os alunos do Secundário para as Artes do Espectáculo / Teatro, cumprindo também
uma função social e educativa através do registo, edição e divulgação pública
dos seus resultados. Destina-se a criar uma prática teatral, enquadrando alunos
do Secundário como intervenientes da totalidade do processo de criação de um
espectáculo de Teatro.
O espectáculo
O texto escrito no auge do regime de Salazar, estabelece um paralelo com a
situação do século XIX, e, embora tal nos possa pesar como um fardo, acaba por
ganhar uma leitura actual face à realidade que vivemos. ‘Felizmente há luar!’
mostra-nos, a falta de liberdade de acção, os condicionalismos sociais e
políticos. Até a intervenção do controle estrangeiro está presente Nas suas
personagens revivemos o mundo e o Portugal de hoje: em Beresford está a alta
finança. Noutros estão as instâncias dos vários poderes, amedrontados pela
revolta popular. Depois há Matilde, a voz profundamente humana, afectiva, emocional,
mas determinada que denuncia e se revolta contra a situação de injustiça que
grassa por todo o país. “Cortam-se as árvores para não fazerem sombra aos
arbustos” - toda a dimensão da ameaça do poder de um capitalismo financeiro,
talvez até sem nome e rosto definido. Este é o Teatro que existe, persiste e
vai sobreviver – para nos ajudar a ler a Vida e a mudar o Destino. Apenas uma
palavra final para dizer que, neste momento, em Portugal, vivemos o ‘maior
enguiço’ que alguém, alguma vez, em algum tempo, fez à Cultura. E, neste caso,
em Portugal, os culpados têm rosto e nome.